Pastores se manifestam
Diante das notícias veiculadas amplamente pelos meios de comunicação em geral, em referência ao escândalo dos “sanguessugas”, o Conselho de Pastores Evangélicos vem publicamente externar sua posição, num manifesto à cidade de Bauru, à nossa região e ao Brasil. Como se não bastassem tais acontecimentos que abalaram o país, ainda vemos alguns que, eleitos pelo povo, para defender os interesses de todo o povo, buscaram seus próprios interesses às custas daqueles que, por razões diversas, dependem do serviço público de saúde. O povo se viu roubado, abusado, vilipendiado. Nós, do Conselho de Pastores, nos sentimos atingidos, como parte desse mesmo povo. E mais ainda, nos sentimos profundamente indignados pelo fato de grande parte dos envolvidos serem identificados como integrantes da chamada “bancada evangélica”. São pessoas que, iludindo a boa fé de muitos, apresentaram-se como pessoas dignas e comprometidas com a fé cristã. Embora sejamos uma pequena parte do povo evangélico, nos identificamos e assumimos a responsabilidade pelo que está acontecendo. Se foi o povo evangélico que os escolheu, então fomos nós que o fizemos. Se no Parlamento eles entraram para representar os evangélicos que neles votaram, então eles nos representavam. Diante disso, publicamente...
(1). Pedimos perdão ao povo, pois pessoas que deveriam fazer diferença e influenciar positivamente o Parlamento, o usaram para se locupletar. Sob o argumento da ética cristã, foram contra tudo aquilo que na verdade cremos, pregamos e buscamos viver - a Verdade e a Justiça. O povo, principalmente o mais carente, sofre as conseqüências de tal desvairio. E se foram evangélicos que assim procederam, nesse momento nos envergonhamos e nos humilhamos - pedimos perdão. O que eles fizeram não representa a opção de fé e prática cristã que assumimos.
(2). Condenamos e repudiamos veementemente tais práticas pois, se atentam conta a justiça, o fazem também contra a fé cristã. E se lutamos por uma nação mais justa e próspera, não podemos admitir que verdadeiras quadrilhas abusem da boa fé do povo, com promessas mentirosas que só são expressas em épocas de “caça aos votos”.
(3). Apelamos aos eleitores de um modo geral, e aos evangélicos em particular, que busquem se informar dos nomes, partidos políticos, origem, fotos, dos implicados no escândalo. Dizem que o brasileiro tem memória curta. As eleições estão aí - essa é uma ótima oportunidade para mostrar nosso repúdio através do voto democrático. Gravem quem são e não votem neles, nem nos candidatos apoiados por eles ou que os apóiem. E cuidado na escolha dos próximos - quem nunca se gastou em favor do povo, quem não é sempre visto trabalhando a favor da justiça e da verdade, não o fará depois de eleito. Quem é servo, trabalha sem buscar holofotes - o faz por amor.
(4). Convocamos o povo cristão a que esteja envolvido em mobilizações de intercessão pela nação brasileira. Unam-se. Clamem a Deus. Nunca se esqueçam que “só é bem aventurada a nação cujo Deus é o Senhor” (Salmo 33:12). Lembrem-se do chamado: “Procurai a paz da cidade (nação) para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz” (Jeremias 29:7). Na certeza de sermos compreendidos na expressão do que sentimos, agradecemos a atenção, orando para que Deus transforme o Brasil e faça cumprir todas a Suas promessas sobre seu povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário